GUIA DE CADEIRAS OPCIONAIS 2019/2020
CIÊNCIA POLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
China Contemporânea
Professor Responsável
Carmen Isabel Mendes carmen.mendes@fe.uc.pt
Avaliação
Exame Final
Lecionada em Inglês
Estados e conflitos no mundo pós-soviétivo
Professor Responsável
Licínia Maria dos Santos Simão lsimao@fe.uc.pt
Avaliação
Periódica ou por exame, a definir na ficha por edição: 100.0%
Lecionada em Inglês
Transport Economics
Relações Externas da UE
Professor Responsável
Maria Raquel de Sousa Freire rfreire@fe.uc.pt
Avaliação
Periódica ou por exame, a definir na ficha por edição: 100.0%
Lecionada em Inglês
Ciência Política
Professor Responsável
Pascoal Santos Pereira
Avaliação
Regime geral
Exame: 100.0%
Avaliação contínua
Testes escritos e participação na aula: 100.0%
Cooperação para o Desenvolvimento I
Professor Responsável
Paula Duarte Lopes
Avaliação
Avaliação Continua
Individual: 3 testes : 30.0%
Em grupo: análise crítica do Relatório de Desenvolvimento Humano do PNUD mais recente: 30.0%
relatório sobre a posição de um país no que diz respeito aos ODM: 40.0%
Avaliação Final
Exame: 100.0%
Negociação Internacional
Professor Responsável
Carmen Isabel de Oliveira Amado Mendes
Avaliação
Avaliação Continua
Trabalho individual/teste : 50.0%
Defesa oral do trabalho e participação nas aulas : 50.0%
Avaliação Final
Exame: 100.0%
Teoria de Relações Internacionais I
Professor Responsável
Pascoal Santos Pereira
Avaliação
Avaliação Final
Exame: 100.0%
Avaliação Continua
Participação na aula: 40.0%
4 testes : 60.0%
Teoria Política I
China Contemporânea
Informação do Docente
Objetivos da disciplina
Criei esta disciplina na FEUC e tenho lutado pela sua existência com um único objetivo: partilhar os conhecimentos e a paixão que tenho pela China com os alunos da Faculdade. Quando eu comecei a trabalhar sobre a China, há mais de 20 anos, isto poderia não fazer tanto sentido, mas neste momento a China é a segunda potência mundial, tem um peso inquestionável no sistema internacional e em Portugal, para além de que está claramente na moda, e não me parece admissível que alguém formado em Relações Internacionais não tenha um conhecimento aprofundado sobre o que se passa naquele país. O objetivo não é apenas transmitir informação sobre a política externa chinesa, como poderia ser expectável num curso de Relações Internacionais. Ao ser uma disciplina de opção frequentada por alunos de vários cursos da UC e universidades parceiras (grande parte dos alunos inscritos são estrangeiros), importa dar a conhecer as várias dimensões da China que, aliás, influenciam o seu comportamento na cena internacional: cultura, história, economia, aspetos sociológicos e constrangimentos políticos internos.
Conhecimentos que a disciplina possa exigir
Infelizmente, para eu poder continuar a assegurar as outras disciplinas que leciono na FEUC, o núcleo de RI decidiu que a turma em português da disciplina China Contemporânea deveria fechar, pelo que os alunos que neste momento queiram frequentar as aulas têm de entender inglês. No entanto, já tenho tido alunos com um fraco nível de inglês que conseguem fazer a disciplina porque vou dando algumas explicações e muita bibliografia de apoio em português, sendo que também podem escrever o exame em português.
Estrutura das aulas
As aulas (3 horas) têm uma primeira parte expositiva sobre o tópico em questão (história, cultura, economia, política) seguida de uma pausa. A segunda parte da aula é mais prática, ilustrando o que foi exposto com pequenos vídeos, documentários ou imagens. A informação é depois complementada com um debate, em que muitas vezes os alunos chineses inscritos na disciplina são chamados a intervir, ajudando a transmitir a forma de pensar dos chineses e de organização da China aos estudantes ocidentais. Cada aula é dedicada a um tópico separado sobre um tema que facilite a compreensão da China contemporânea.
Relevância da disciplina para determinados mestrados
Os conhecimentos apreendidos nesta disciplina, por aquilo que já foi dito nos objetivos, é relevante para qualquer mestrado na área das RI, porque dá aos alunos conhecimentos base sobre uma potência incontornável na análise da conjuntura internacional. Muito se tem dito sobre a China, mas é difícil encontrar em Portugal uma disciplina em que se explique o porquê do comportamento chinês atual. Para quem se quiser especializar em Estudos Chineses, o ideal será continuar os estudos (ou fazer um semestre de mobilidade) numa universidade da China, ou pelo menos de Hong Kong (ex.: departamento de Government Studies da Bapthist University http://gis.hkbu.edu.hk/postgrad.html) ou Macau (Universidade de St. Joseph http://www.usj.edu.mo/en/courses/master-in-contemporary-china-studies/). Quem quiser fazer mestrado na China continental, pode concorrer a bolsas oferecidas pela Universidade de Coimbra no valor de 25 mil Euros por ano, um valor que cobre, sem margem de dúvidas, todas as despesas. No Gabinete de Relações Internacionais da FEUC damos todo o apoio na escolha dos destinos. Quem fizer um mestrado na Universidade de Coimbra com uma tese sobre Macau, poderá concorrer a uma bolsa oferecida pela Universidade e pela Fundação Macau no valor de 5 mil Euros.
Relevância para mercado trabalho
É raro o empregador que não valorize os conhecimentos que o aluno tiver adquirido sobre a China e os cuidados a ter no relacionamento com os chineses. Referir esta especialização numa entrevista de emprego vai atrair a atenção do entrevistador, tendo em conta que são raras as instituições que hoje em dia não têm por preocupação atrair ou competir com chineses. Os meus ex-alunos que conhecem a China têm tido uma vantagem competitiva enorme em relação aos colegas, visível nas ofertas de emprego e rápida ascensão dentro das empresas/banca e oportunidade de mudança de instituição para outras que ofereçam melhores condições. O melhor aluno português da disciplina ainda tem a possibilidade de ganhar o prémio anual de uma viagem à China, integrando uma missão empresarial da Associação de Jovens Empresários Portugal-China.
Notas finais
Estou disponível para prestar esclarecimentos adicionais a alunos que possam ter alguma dúvida sobre a frequência da disciplina ou impacto no seu futuro académico/profissional, bastando enviar-me email para: carmen.mendes@fe.uc.pt . Aconselho ainda a leitura de alguns textos que escrevi sobre a realidade chinesa, disponíveis para consulta em: http://www.uc.pt/feuc/carmen
Mais informações
Testemunho do Estudante
A cadeira de China Contemporânea é adequada quem tem interesse em conhecer melhor o mundo Asiático e mais especificamente da China, claro. Ao longo do semestre temos alguns oradores de outras faculdades que vêm falar sobre diversos assuntos, o que a torna muito mais interessante. Em termos de avaliação, neste ano letivo foi por exame, mas podíamos escolher um tema e no exame falar sobre ele consoante a pergunta geral (que é só uma). A professora é muito flexível e ajuda-nos a interligar o nosso tema com os temas abordados nas aulas, que são sempre bastante dinâmicas por causa do elevado número de estudantes Erasmus. É preciso ir às aulas, mas não obrigatório e é necessário também pesquisar alguns livros da biblioteca para poder fundamentar o nosso tema no exame, mas se for um tema com muita informação é fácil de procurar. A professora dá PowerPoints nas aulas mas não os disponibiliza no inforestudante, por isso é que temos de assistir às aulas. No final, penso que seja uma cadeira mais ou menos trabalhosa e relativamente acessível
Estados e Conflitos no Mundo Pós-soviético
Informação do Docente
A unidade curricular tem como objectivos:
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familiarizar os estudantes com as dinâmicas políticas e de segurança no espaço pós-Soviético;
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fornecer aos estudantes os quadros teóricos relevantes para a análise destas dinâmicas;
-
analisar a formação de Estados no contexto pós-Soviético;
-
analisar os conflitos separatistas no espaço pós-Soviético, incluindo as políticas de actores internacionais.
Assim, os estudantes devem ser capazes de
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identificar os principais acontecimentos que caracterizaram os processos políticos e securitários no período pós-Soviético;
-
aplicar os quadros teóricos de análise apresentados à formação de entidades estatais e aos conflitos no espaço pós-Soviético;
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relacionar as dinâmicas de segurança aos processos de consolidação de Estados na região.
Conhecimentos Base Recomendados
-
Conhecimento geral de política internacional contemporânea.
-
Domínio da língua inglesa (leitura e compreensão).
-
Conhecimento das técnicas e estilos da escrita académica.
Mais infrormações
Relações Externas da UE
Informação do Docente
Esta unidade curricular visa quatro grandes objetivos. Primeiro, familiarizar os estudantes com os debates concetuais e teóricos centrais ao estudo da política externa europeia. Segundo, explorar o estatuto jurídico-político da União Europeia no sistema internacional. Terceiro, analisar a implementação de diferentes linhas de política externa e dos instrumentos disponíveis. Por fim, dar a conhecer as principais tendências da UE enquanto ator global. É de esperar que os estudantes adquiram um conhecimento aprofundado e crítico da atuação externa da União Europeia, tanto em termos de políticas como do seu funcionamento.
Mais infromações
Ciência Política
Informação do Docente
Objetivos gerais
Esta UC visa familiarizar os/as estudantes com referências essenciais da análise política, quer do ponto de vista conceptual (política, poder, soberania, democracia) quer do ponto de vista operativo (partidos políticos, sistemas eleitorais, movimentos sociais).
Objetivos específicos
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Identificação dos processos determinantes da evolução dos contornos do Estado moderno
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Reconhecimento das dinâmicas de globalização de modelos políticos
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Identificação dos procedimentos característicos da democracia representativa e seus limites; seu questionamento à luz de uma cultura participativa.
Competências genéricas
-
Competências cognitivas: compreensão e interpretação dos fenómenos políticos;
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Competências metodológicas: pesquisa bibliográfica; análise de conteúdos; identificação de linhas de argumentação
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Competências sociais: sustentação de posições em debate oral; capacidade de comunicação escrita rigorosa; capacidade de seleção de informação.
Mais informações
Testemunho do Estudante
Em Ciência Política a matéria é interessante, e é um complemento interessante a Economia, para quem gosta da vertente política, apesar de ser muito introdutória. A cadeira é trabalhosa. A frequência final é algo exigente.
Cooperação para o Desenvolvimento I
Informação do Docente
Objetivos gerais
O objetivo desta unidade curricular é familiarizar os/as estudantes com a problemática do desenvolvimento e da cooperação para o desenvolvimento.
Competências e objetivos específicos
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identificar e compreender as teorias de desenvolvimento e respetivos conceitos e estratégias subjacentes a diferentes modelos de cooperação para o desenvolvimento
-
compreender e analisar criticamente as políticas de cooperação para o desenvolvimento de atores multilaterais (universais e regionais), bilaterais e não-governamentais
Competências genéricas
Capacidade de análise crítica e síntese; comunicação oral e escrita; capacidade de trabalhar em grupo.
Conhecimentos Base Recomendados
Domínio da língua inglesa dada a bibliografia de apoio à unidade curricular ser exclusivamente neste idioma.
Programa
Os conteúdos programáticos desta unidade curricular incluem a apresentação e análise das políticas de cooperação para o desenvolvimento em termos da sua evolução teórico-conceptual e dos atores envolvidos. Assim, as aulas incluem uma discussão e análise desde o Plano Marshall pós-Segunda Grande Guerra Mundial, passando pela crise da dívida e os planos de ajustamento estrutural, o Consenso de Washington, a condicionalidade dos doadores, desenvolvimento humano e segurança humana, e os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio. São ainda analisadas as políticas de cooperação para o desenvolvimento por diferentes atores: multilaterais (Organização das Nações Unidas, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Mundial do Comércio, União Europeia, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, Bancos regionais para o desenvolvimento), bilaterais (Portugal, países desenvolvidos e países em desenvolvimento) bem como privados (por exemplo a Fundação Gates).
Métodos de Ensino
As metodologias de ensino incluem abordagens expositivas, participativas e de trabalho de grupo em sala de aula. As aulas percorrem a evolução teórico-conceptual das políticas de cooperação para o desenvolvimento. As aulas práticas são focadas na defesa de argumentos em sala de aula relativamente a questões associadas aos modelos de intervenção em matéria de cooperação para o desenvolvimento.
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Estado e Sistemas Políticos
Informação do Docente
Objetivos gerais
Apresentação do quadro teórico básico da produção científica referente ao Estado e diferentes sistemas políticos.
Objetivos específicos
Identificar, compreender e sistematizar os traços específicos da génese e evolução do Estado contemporâneo, bem como das componentes dos diferentes sistemas políticos presentes na história mais recente.
Competências genéricas
Geração de capacidade de análise e de raciocinio sobre a realidade presente.
Competências específicas
Desenvolvimento de capacidades cognitivas e metodológicas.
Conhecimentos Base Recomendados
Conhecimento e interesse em Sociologia Política e do Estado.
Mais informações
Testemunho do Estudante
Estado e Sistemas Políticos é uma cadeira interessante, com bons conteúdos e aplicáveis à nossa área. É pouco trabalhosa e acessível.
Negociação Internacional
Informação do Docente
Objetivos gerais
Em termos teóricos, pretende transmitir-se ao aluno os conceitos de negociação internacional e de negociação diplomática, explicando as fases do processo de negociação, os vários modelos possíveis para a sua análise e as tátitas existentes para ultrapassar impasses e bloqueios que possam surgir ao longo do processo negocial.
Objetivos específicos
Serão dadas ferramentas teóricas para a análise de casos específicos, como os das negociações multilaterais, negociações assimétricas e negociações entre negociadores de culturas diferentes.
Competências genéricas
Esta disciplina pretende fornecer os instrumentos analíticos de base ao entendimento das várias dimensões associadas às negociações internacionais.
Competências específicas
O estudante deverá ser capaz de usar os conhecimentos adquiridos na análise, discussão e interpretação das dinâmicas inerentes à negociação internacional, numa perspetiva teórica e prática, através da aplicação a estudos de caso.
Conhecimentos Base Recomendados
Os alunos devem ter conhecimentos básicos de Metodologia da Pesquisa.
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Teoria de Relações Internacionais I
Informação do Docente
Objetivos gerais
A unidade curricular tem por objetivo expor os/as alunos/as às principais correntes teóricas e aos principais debates da disciplina de Relações Internacionais, com enfoque nos debates atuais que questionam as visões teóricas dominantes, de cariz racionalista, através da análise dos debates associados à afirmação do reflexivismo e das teorias de alinhamento pós-moderno.
Competências e objetivos específicos
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Compreender a importância da teoria como instrumento de análise do mundo.
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Conhecer os principais autores, conceitos e abordagens teóricas desenvolvidas desde finais da década de noventa do século XX.
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Perceber a interligação entre teoria e prática.
Competências genéricas
Capacidade de análise e de síntese, capacidade de comunicação oral e escrita, conhecimentos de inglês, capacidade de trabalho em grupo.
Conhecimentos base recomendados
Organizações Internacionais e língua inglesa.
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Teoria Política I
Informação do Docente
Teoria Política I aborda fundamentalmente aquilo que podemos chamar a identidade política das principais formações político-partidárias, correntes ideológicas e movimentos sociais da actualidade, no pano de fundo das grandes instituições em que se enquadram (o Estado-nação, os partidos, a sociedade civil).
Quando falamos de Estado, democracia, liberalismo, marxismo, republicanismo, conservadorismo e neo-conservadorismo, fascismo, neoliberalismo e "governance", ecologia e ambientalismo, entre outros conceitos mais subsidiários, estamos a entrar no território de ideias e valores cuja génese e conteúdos a disciplina de TP I aborda. Fá-lo não apenas de forma descritiva (aspecto mais característico das aulas teóricas), mas de forma aberta e crítica, à luz do que essas ideias e valores criaram na história do mundo como a conhecemos (aspecto mais tratado nas aulas práticas, com ajuda dos textos escolhidos para acompanhamento do estudo e debate).
Neste sentido, há muito de filosofia política na disciplina (onde se discute, por exemplo, o que é a "esquerda" e o que é a "direita", no sentido histórico e nos dias de hoje), embora sempre com o contrabalanço dos factos que ilustram cada uma das doutrinas ou das teorias analisadas.
Não é necessário, para frequentar Teoria Política I e nela obter bons resultados, qualquer preparação prévia que um estudante de ensino superior, de economia ou áreas afins, não tenha. No final, a avaliação será feita por exame.
Quanto à articulação com mestrados da FEUC e preparação para o mercado de trabalho, é algo que não sei determinar com rigor. Estamos a falar de uma disciplina de formação de cultura política, de auxílio a uma interpretação mais conhecedora dos fenómenos do poder (na sociedade e instituições, nas empresas e famílias, a nível local e global), pelo que me parece de utilidade para uma boa formação superior. Mas isso é algo que cada estudante saberá como enquadrar nas suas escolhas, na medida em que estudos de carácter mais transversal lhe interessem.
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